"Fear Of Love"

                                                                           Capitulo 2

                                               

Londres 14 de janeiro de 2012

 Pov : Arthur

   Acordei com o sol que entrava pela janela batendo em meu rosto. tinha alguma coisa quente em cima de mim quando olhei para baixo vi uma mulher até bastante bonita cabelos ruivos, bem branca e completamente nua. estiquei o meu braço para pegar o meu celular em cima da cômoda e já eram 14h da tarde, droga já havia umas mil ligações da minha mãe, eu não deveria ter deixado o celular no silencioso. afastei um pouco a mulher que estava em cima de mim e me apoiei com um braço na cama ficando sentado, olhei em volta, aquele definitivamente não era o meu quarto, as paredes eram rosa claro os moveis nada tinha de extraordinário, mas o lugar era até legalzinho, mesmo com tanta roupa espalhada pelo chão. levantei e fui me vestindo o difícil foi encontrar o meu outro par de sapato .

– já tá indo thur? – a  mulher de cabelos ruivos falou toda manhosa sentando-se na cama. não conseguia me lembrar de seu nome.

– já, ou minha mãe me mata. você viu o meu outro sapato? – ela apontou para de baixo da cadeira – ah, valeu

– quanto vamos nos ver de novo? –pensei em dizer nunca mais, mas seria muito rude com a moça então apenas disse.

 – qualquer dia desses – a mulher bufou e voltou a deitar. Bom  pouco liguei pra isso. Peguei  as chaves do meu carro e sai correndo daquele apartamento com certeza devo ter perdido a faculdade hoje e quando chegasse em casa minha mãe ia me matar, entrei no carro e fui dirigindo pra casa. Na verdade eu tenho o meu próprio apartamento, mas tive que passar um mês na casa dos meus pais, ainda bem que só vou ter que aguentar mais uma semana isso. Maldita hora que fui inventar de fazer reforma.

Alguma coisa começou a vibrar no meu bolço, peguei meu celular já imaginando a bronca que ia levar da minha mãe, quando olho para tela vejo que é o Michael.

– fala Mica – mica é meu amigo desde quando era criança, sua família tinha bastante dinheiro também , alias era difícil eu ter um amigo que não fosse de uma classe social alta, mas era até bom por uma parte, porque pelo menos eu sabia que ele não era meu amigo só por interesse no meu dinheiro, já que ele também tem, não tanto quanto eu , mas com certeza o suficiente, bem suficiente.

– CARA ONDE VOCÊ ESTAVA ONTEM A NOITE? VOCÊ SAIU DA FESTA COM AQUELA RUIVA E NÃO VOLTOU MAIS , ATÉ  NÃO VEIO A FACULDADE– Michael falou  praticamente gritando.

–eu acordei agora a pouco cara, e não grita que minha cabeça esta explodindo. e ae aconteceu alguma coisa hoje na faculdade?

– que nada o maior tedio

–então não perdi nada –falei rindo

–pois é, olha tenho que desligar o intervalo acabou e tenho aula de economia agora.

– aff boa sorte, tchau – desliguei o celular já chegando no portão de casa, se é que posso chamar de casa , esta mais pra mansão era tão enorme. cheguei no portão e pedi para que o nosso porteiro abrisse. ao entrar já esperando uma bronca da minha mãe, estava tudo em silencio, dentro era tudo tão grande, luxuoso e bonito quando por fora, na verdade eu sempre achei um grande exagero.

Ao subir as escadas para o meu quarto, pensando que conseguiria escapar sem ter que levar bronca nenhuma , eis que surge minha mãe, com um vestido azul batendo embaixo do joelho.

– ONDE VOCÊ ESTAVA UMA HORA DESSAS, VOCÊ ESTA LOUCO? PODIA PELO MENOS ATENDER AS MINHAS LIGAÇÕES – minha mãe falou gritando.

–eu sei mãe, me desculpa tá?

– Arthur você sabe que tem responsabilidades – falou já um pouco mais calma.

– sei, desculpa, será que eu posso subir agora pra tomar um banho?– falei com um olhar de coitado que ela sempre caia.

– tudo bem dessa vez você escapa, vai logo pra poder almoçar, eu aposto que você ainda não comeu nada – dei um beijo na testa da minha mãe e fui para o quarto. Tá bom que minha mãe e meu pai sempre pegaram no meu pé, mas nesses últimos dias eles  exageraram e muito. Depois perguntam porque não moro com eles.

Ao sair do banho vesti uma calça e uma blusa de manga  preta, desci e fui ate a cozinha comi dois sanduiches  e tomei um copo de suco de uva. pensei em sair, mas se fizesse isso agora minha mãe não iria gosta muito, então resolvo ir pra  piscina, passei pelo escritório  do meu pai e a porta estava aberta. droga parece que ele me viu.

– Arthur?

– oi pai – falei já me arrependendo de ter passado por ali. entrei em seu escritório e fiquei esperando que ele falasse.

– quando você vai começar a trabalhar comigo lá na empresa? – meu pai perguntou serio.

 – pai tem a faculdade e ...

– sem desculpas Arthur, você precisa trabalhar, você acha o que , que eu paguei o seus estudos pra nada? Vai começar o quanto antes.

Abaixei a cabeça. já estava cansado desse papo, eu poderia fazer tantas coisas. não queria ter que cuidar de empresa nenhuma .um trabalho que só te deixa estressado  e sem tempo pra nada, nunca me dei bem com meu pai, mas como era ele que pagava minhas contas , o que podia fazer?

–ok pai, começo quando o senhor quiser, agora se me da licença– sai de lá antes que ele mandasse eu fazer mais alguma coisa .

  A noite me arrumei pra sair coloquei uma calça e uma camisa preta com um casaco, peguei a chave do meu carro, e tentando fazer pouquíssimo barulho fechei a porta, entrei no carro, e fui me encontrar com meus amigos.

– fala Chay – o cumprimentando quando ele abriu a porta, eu conheci chay a uns 4 anos atrás, mas era como se o conhecesse desde sempre.

–fala thur.

– o mica já chegou? – perguntei já entrando e sentando em seu sofá.

–esta atacando a minha geladeira... ou a empregada, não sei.

Mica apareceu com um pote de sorvete na mão.

 – geladeira– eu e chay falamos juntos.

–fala thur– mica me cumprimentou.

Sempre fomos bem unidos. os três. eles eram meus únicos amigos, além da mel, que é minha prima, mas eu quase nunca a via. Eu posso parecer um cara bem descolado e tudo mais, só que a verdade é que eu sou meio reservado, chay e mica vivem dizendo que as vezes eu tenho que me soltar mais, mas com eles eu sempre acabo me soltanto.