Capítulo 10 – Deixa eu mimar você adorar você Agora só agora, porque um dia eu sei. Vou ter que deixá-lo ir. [...] Mesmo quando eu não estiver lembre que me ouviu dizer o quanto eu me importei e o que eu senti [...] Eu nunca vou deixá-lo ir. – Pitty (Só agora)
- Thur, o que você estava fazendo? – Disse eu enquanto me espreguiçava na cama.
- Vendo você dormir. – Disse ele.
- Que interessante. – Disse eu.
- Sabia que você é perfeita para mim? – Disse ele me acariciando no rosto.
- Não, fiquei sabendo agora. Cadê o Thur pervertido de ontem? – Disse eu.
- Ah, ele só ficou até hoje de manhã antes de acordar, depois foi embora. – Disse ele sorrindo.
- Louco, vou levantar. Tomar um banho. Mas, que roupa eu vou vestir? – Disse eu.
- Hum... Veste minha camisa do Beatles, e pega teu short que você usou ontem. – Disse ele coçando a cabeça.
- Ta ok. Posso usar esse banheiro? – Disse eu dando língua.
- Pode claro. – Disse ele. – Depois desce ok?! Tomar café.
- Mas eu gosto de todinho. – Disse eu fazendo manha.
- Ok, eu compro. Agora vai tomar seu banho. Eu já tomei o meu. Deixa eu ir lá. FUI! – Disse ele batendo a porta.
Tomei meu banho, a água estava bem gelada, lembrei da noite anterior, ele é perfeito em tudo. Meu Thur. É ele vai embora hoje, já havia esquecido. Vai que ele muda de idéia e... Não é provável. Liguei o PC dele e fui até a pasta de músicas.
- Huuum ele tem Pitty. – Disse eu sozinha. – Tenho que parar de falar sozinha pareço louca. – Coloquei Só agora, pois me chamou a atenção.
“Babe tanto a aprender. Meu colo alimenta você e a mim, deixa eu mimar você, adorar você. Agora só agora. Porque um dia eu sei vou ter que deixá-lo ir. Sabe, serei seu lar se quiser. Sem pressa do jeito que tem que ser. Que mais posso fazer? – Só te olhar dormir. Agora só agora. Correndo pelo campo antes de deixá-lo ir.” – meus olhos estavam enchendo de lágrimas. Thur apareceu na porta e sorriu. E a música ainda tocava, ele se ajoelhou na minha frente e sorriu.
- Mesmo quando eu não mais estiver lembre que me ouviu dizer o quanto me importei. E o que eu senti. – Ele parou nesse verso.
- Agora, só agora talvez você perceba. Que eu nunca vou deixá-lo ir. Que eu nunca vou deixá-lo ir. Eu nunca vou deixá-lo ir. – cantei esse verso, sorri e deixei lágrimas caindo dos meus olhos. Ele limpou minha lágrima e me beijou. E Abril tocava no fundo. Sua canção eu lembrei, pois havia ouvido esta música várias vezes.
- Thur, não vai. Fica por favor. – Disse eu implorando para ele.
- Não posso, não posso abandonar meu pai. – Disse ele. – Ele precisa de mim.
- Veja bem faça o que quiser fazer, mas não tente me entender. Não posso te fazer mudar. Vou escutar quando sua canção tocar, mesmo sabendo que não vai voltar. – Cantei meio chorosa.
- Luinha, por favor, pára. Eu já falei que não posso do mesmo jeito que você não pode ir. Posso ter 19 anos, mas agora sou responsável pelo meu pai e ele por mim. Queria estar muito ao seu lado, mas ninguém sabe do amanhã. E isso não é um conto de fadas Luinha. – Disse ele com lágrimas nos olhos. – Posso vir sim, volto para te ver. E volto para te buscar.
- Eu nunca disse que isso era um CONTO DE FADAS. EU SÓ TIVE A PLENA CERTEZA QUE ISSO ERA MUITO PERFEITO PARA SER VERDADE. – Gritei eu. – VOCÊ DISSE SEMPRE. VOCÊ DISSE QUE NÃO IA ME ABANDONAR E AGORA VAI.
- Pequena, existem imprevistos. E putz Luinha, você sabe que eu te amo. E... Ah que merda. Eu faria de tudo para estar aqui com você, mas eu não posso. Meu pai depende de mim. Eu volto de vez em quando para te ver. Mas, por favor, não diga que eu te abandonei e que eu não te amo, isso dói. E muito – disse ele e suspirou.
- Também te amo Aguiar. Te amo tanto que só te quero aqui. Mas, eu sei que vou ter que deixá-lo ir. – Disse eu o abraçando.
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