"FEAR OF LOVE

                                                                Capítulo 3   

                                                

Londres

Pov.: lua

 – Férias? – estava no celular falando com Sophia, ela era o que eu tinha de mais próxima de uma amiga, nos conhecemos na agência, Sophia era muito boa com computadores.  Sentei na grande cama do apartamento em que estava.

–Sim, férias. Sabe se diverti, ficar longe do trabalho – falava Sophia. Ok é claro que eu queria  ter férias, mas isso era um pouco novo pra mim – o Sr. Collins foi bem claro ao dizer que você precisa descansar. você anda trabalhando muito lua – continuou falando – serio não sei como você aguenta.

– tudo bem Sophi já entendi. Obrigado por ligar. agente se vê – desliguei o celular.

Decidi arrumar minhas coisas no guarda roupa. Depois tomei um bom banho. Sentei no sofá e liguei a tv, não tinha nada de bom passando. fui a cozinha e vi que a dispensa estava vazia, meus planos de ficar o dia todo deitada sem fazer nada tinham ido por agua a baixo, precisava fazer compras.

Fui ao supermercado mais próximo.

 Deixei as compras dentro do carro que tinha alugado e parei em frente a uma pracinha. desci do carro, peguei minha bolsa e meu livro. bom a verdade era que estava preste a fazer uma coisa que nunca conseguia fazer. A praça tinha bancos e cadeiras com mesa e guarda sol. o lugar era bastante bonito. Muitas arvores, plantas e pessoas conversando.

Me sentei em uma cadeira coloquei minha bolsa em cima da mesa e comecei a ler. Passaram se mais de meia hora e eu continuava ali. Estava com tanta saudade de fazer essas coisas simples. Mas pra minha sorte apareceu um homem na minha frente, cabelos castanhos, olhos claros um sorriso até bonito.

–oi – falou com um sorriso – você deve ser nova por aqui, certo?

– sim – falei olhando pra ele e logo depois voltando minha atenção para o livro. Ele ficou calado por um tempo, mas logo voltou a falar. Sentando-se na cadeira junto a minha.

– me chamo Paulo, qual o seu nome? – quando viu que eu não dei a mínima atenção a ele e que provavelmente não iria responde-lo, ficou calado de novo. Mas ao invés de ir embora passou a mão em minha cocha e sorriu pra mim. ah um erro terrível.

Devolvi o sorriso que ele me deu fechando meu livro e colocando-o em cima da mesa. Com a mesma calma que coloquei o meu livro em cima da mesa peguei seus dedos e entronchei fazendo ele dar um grito de dor, levantei e coloquei sua cabeça em cima da mesa. ao virar minha cabeça para o lado vi que tinham pessoas assistindo a cena, então soltei ele e o empurrei fazendo-o tropeçar e cair. Peguei minha bolsa e meu livro e caminhei de volta para o meu carro.

– idiota – falei rolando os olhos já entrando no carro.

Entrei no elevador do meu prédio, apertando o numero seis, mas antes da porta fechar, entra uma menina que parecia ter uns sete anos cabelos loiros ondulados, acompanhada de uma senhora, mas o que me deixou mais intrigada foi na semelhança que aquela menina tinha comigo quando era mais nova, era como se tivesse voltado ao passado o que me trouxe lembranças não tão agradáveis...

Balancei a cabeça tentando não pensar no passado. A menina ao meu lado começou a me encarar esboçando um sorriso.

– oi – ela disse

– oi, tudo bem?– ela balançou a cabeça sorrindo e confirmando.

O elevador abriu as portas. Elas saíram como eu no mesmo andar, o que significava que eram minhas vizinhas entrando no apartamento da frente. Cada andar do prédio tinham apenas quatro apartamentos, porque eram enormes.

Entrei no meu apartamento colocando minhas coisas em cima da mesa e me jogando na cama. Escutando um barulho de furadeira.

– ah, ótimo – disse irônica. Com certeza estavam fazendo alguma obra no apartamento ao lado.

A noite chegou e não consegui mais ficar em casa, coloquei um vestido preto, um tamanco com salto, uma maquiagem leve, peguei minha jaqueta e minha bolsa e sai de casa. Fui parar em um pub o lugar era legal, tinha uma pista de dança no meio com mesas ao fundo, quando entrei alguns caras ficaram me olhando. Sentei-me em uma cadeira e pedi ao barman uma vodca.

Ainda bebendo a minha vodca fiquei olhando ao meu redor. Tinha até uns caras bonitos no local. Fiquei pensando em quantos lugares já visitei, e com certeza Londres talvez não fosse um bom lugar para passar as ferias, me trazia muitas recordações ruins... Ou talvez estivesse na hora de superar tudo isso.

–me concede uma dança? – perguntou um homem alto, cabelos loiros lisos e com uma camisa de botão meio aberta o que deu para percebe que ele costumava ir para a academia frequentemente.

– claro, porque não – segurei em sua mão estendida e fomos dançar.

Acordei de manhã já com muita fome. Preparei ovos mexidos e torradas com café para comer. Enquanto comia fiquei pensando em o que fazer o resto do dia, era sábado, então tive uma ideia. Peguei meu celular em cima da cômoda.

– Sophia? – falei voltando a cozinha e levando o meu prato para pia.