quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Consequences of love


                                    Capítulo 6
                      SoMic e LuAr *-*


Acordei quase 9h30. Levantei, fiz minha higiene matinal e desci. Encontrei Arthur na cozinha e sorri involuntariamente.
- Bom dia amor da minha vida – Disse ele sorrindo me fazendo rir de leve
- Bom dia amor – Respondi sentando-me à mesa – O que você vai fazer pra gente de café da manhã? – Disse com um sorriso de criança fazendoArthur rir de leve.
- Você que sabe cozinhar aqui dona Luinha – Disse ele sentando na minha frente.
- Mas eu to com preguiça – Respondi fazendo manha – Cadê as meninas dessa casa pra fazerem nosso café da manhã? – Perguntei.
- Chegaram tarde, muito tarde – Disse ele rindo – E cada uma em um horário, com seu respectivo namorado ou noivos – Continuou rindo e me fazendo rir junto. – Hey, que tal Starbucks? – Ele deu a melhor idéia e eu sorri feito uma criança.
- Muito boa Aguiar, deixa só eu trocar de roupa – Falei e subi correndo. Coloquei uma calça jeans, uma camiseta e um moletom por cima. Peguei dinheiro e meu celular e desci. Arthur me esperava na sala. Saímos e fomos a pé pra Starbucks, era pertinho de casa. Sabia que Arthur estava com medo de perguntar sobre o assunto de ontem e eu também não estava nem um pouco a fim de falar, mas em algum momento eu teria que falar. Pelo menos pra ele. Estávamos conversando no meio do caminho, quando um silencio nos dominou. Então, em meio aquele silencio que tinha se instalado entre nós, Arthur tomou a coragem que estava querendo desde que me viu ontem à noite.
- Você está bem? – Ele perguntou um pouco mais baixo, em um tom de cuidado e isso me confortou.
- Melhor do que estava – Respondi indiferente.
- Hm... Quer me contar direito o que aconteceu? – Perguntou e eu pude perceber a insegurança em sua voz.
- Bom... – Comecei a falar, então chegamos à Starbucks e eu ainda não tinha acabado de contar, pedimos o que queríamos comer, sentamos e continuei contando. Em algumas partes eu ainda sentia meus olhos arderem, eu ainda me sentia usada.
- ... Aí você chegou e o resto você sabe. – Completei, finalmente.
- Hm, entendi. – Disse ele sério – Eu nunca gostei desse cara – Continuou com um tom de raiva na voz – Mesmo não o conhecendo – Completou.
- É, eu deveria ter te escutado. Sou uma imbecil mesmo. – Disse, com raiva de mim mesma e com lágrimas nos olhos.
- Sim, devia ter me escutado. Mas você não sabia que isso ia acontecer – disse ele. – Mas vamos parar de falar do passado e vamos resolver o futuro – Mudou de assunto, percebendo que aquele assunto havia me feito mal.
- O futuro? Como assim? – Perguntei tomando meu café e vendo-o repetir o gesto.
- Bom, os casais vão morar juntos e você vai morar comigo – Disse ele.
- Não precisa Arthur, eu posso alugar alguma coisa, como eu disse – Falei.
- Não Luinha, você não vai sair daquela casa, vai morar junto comigo e pronto, tá decidido. – Disse ele sério e em um tom autoritário que me fez rir de leve.
- Mas Arthur... – Continuei em protesto e ele me interrompeu.
- Mas nada, só repete comigo: Ok Arthur lindo, amor da minha vida, vou morar com você – Disse ele sorrindo feito criança e me fazendo rir alto.
- Ok Arthur lindo, amor da minha vida, vou morar com você – Repeti rindo e vendo-o rir junto. Acabamos de comer e fomos embora, fiquei pensando em como seria morar com Arthur e longe das meninas. Aqueles pensamentos definitivamente não estavam me fazendo bem. Quando estávamos quase entrando em casa, lembrei que tinha que pedir uma coisa a Arthur.
- Arthur, promete não contar nada para as meninas sobre o que aconteceu ontem? – Pedi.
- Prometo – Disse sorrindo fraco sem mostrar os dentes.
- Nem para os meninos? – Completei.
- Pode deixar – Me garantiu. Entramos em casa e reparei que todos estavam tomando café, então corri pra cozinha.
- Bom dia meus amores – Disse feliz e abrindo um sorriso de criança fazendo todos rirem.
- Bom dia meus amores – Arthur me imitou e fez todos rirem alto, menos eu, que mostrei a lingua em um gesto infantil.
- Bom dia – Disseram em uníssono.
- Foram na Starbucks? – Perguntou Melzinha passando manteiga no pão.
- Sim – Falei, sentando ao seu lado.
- E nem trouxeram café pra gente né? – Disse Sop fingindo estar com raiva.
- Desculpe Sop bonitinha, mas nós só fomos porque vocês, muito folgados por sinal, estavam dormindo e não iam acordar pra fazer café pra gente – Falei, roubando uma torrada do prato de Micael e ouvindo-o reclamar logo depois.
- Ah, depois somos nós os folgados – Falou ela fingindo indignação.
- Luinha tá feliz hein? – Disse Chay rindo.
- Pois é, deve ser porque ela e alguém fizeram as pazes – Disse Amandinha olhando pra Arthur, o fazendo rir de leve, meio envergonhado. Eu, naturalmente, achei fofo e sorri.
- Ou então o encontro de ontem a noite foi muito bom – Disse Melzinha me cutucando e todos riram, menos eu e Arthur, fiquei sem reação, não queria lembrar do que tinha acontecido ontem e nem queria contar pra eles, fingi um sorriso, que não deu muito certo e olhei pra Arthur em desespero, queria que ele entendesse o recado e me ajudasse a sair dali antes que me fizessem perguntas sobre ontem à noite.
- Er... Luinha me ajuda com aquele problema no meu celular? – Falou Arthur, dando uma desculpa pra me tirar rápido dali, o agradeci mentalmente.
- Ajudo – Falei, me levantando e saindo de perto. Percebi que Arthur estava atrás de mim.
- Você sabe que uma hora vai ter que falar pra elas pelo menos né? Elas vão insistir muito – Ele falou, tentando me preparar.
- Eu sei que vão insistir, mas se eu disser que não quero falar sobre o assunto, acho que vão perceber que não foi nada bom e não vão mais enxer – Falei, agora olhando pra Arthur.
- Então ta né, eu vou subir tá bem? To com sono – Ele disse dando um beijo no topo da minha cabeça e indo em direção a escada.
- Arthur – O chamei.
- Fala pequena – Ele disse virando pra trás.
- Desculpa por ter te acordado de madrugada – Falei, me sentindo culpada por ele ter perdido uma noite de sono.
- Que isso pequena, esse foi o menor dos problemas que tivemos ontem, esqueça isso ok? – Respondeu de um jeito carinhoso e me fazendo sentir melhor, sorri pra ele.
- Tá bem – Falei sorrindo.
- Luinha! – Ouvi Sophia e Amanda falarem juntas e virem correndo ao meu encontro com Mel logo atrás, com cara de tédio. Ri com a cena.
- Oi meninas, já tão com saudades de mim? – Falei convencida e fazendo-as rir.
- Deixa de ser convencida Luinha, é que nós vamos olhar as coisas para o nosso casamento sabe? E como você é uma pessoa super expert em decoração, queríamos que nos ajudasse. A Melzinha também vai. – Sop falou.
- Já vão olhar coisas para o casamento? – Falei, surpreendida.
- Sim dona Luinha, nós já marcamos a data. – Falou Amandinha com os olhos brilhando, isso me enxeu de alegria.
- E eu posso saber porque não me contaram? – Fingi estar brava.
- Calma Luinhazinha, é que a gente esqueceu poxa – Disse Sop rindo.
- Tá né, mas quando vai ser o casamento? – Falei, agora sorrindo abertamente.
- O nosso casamento vai ser junto e será dia 27 de setembro – Falou Amandinha sorrindo. Percebi a felicidade que se encontrava nelas e sorri ainda mais.
- Uau, vão me abandonar rapidinho hein? – Falei rindo – E você e o Chay, Melzinha? Quando vão me abandonar também? – Falei fingindo estar triste e rindo com ela logo em seguida.
- Bom, vamos abandonar vocês um pouquinho antes, porque já compramos nossa casa, é aqui perto, não se preocupe. Mas ainda temos que olhar decoração e muitas outras coisas que ainda não estão pronta. Mas em agosto já devemos ir. – Falou com brilho nos olhos também.
- Nossa, mas vocês são todas super rápidas, só eu que sou atrasada aqui – Falei, fazendo-as rir.
- Então, a gente tá indo agora olhar algumas lojas de vestido e decoração pra festa e pra igreja que a gente já telefonou, vamos? – FalouAmandinha animada.
- Vamos, deixa só eu pegar um casaco – Falei já subindo as escadas e indo em direção ao meu quarto, passei em frente ao quarto de Arthur e bem na hora em que ele estava tirando a roupa, Arthur sempre dorme apenas de boxers, disso eu sempre soube, mas ele fecha a porta do seu quarto quando vai dormir, devo ter o visto apenas de boxers uma vez. Além disso, Arthur tem um corpo totalmente escultural, então quase parei em frente à porta do seu quarto e o fiquei olhando, mas isso seria ridículo. Então passei direto e fui para o meu quarto. Peguei meu casaco e ouvi uma porta ser fechada, imaginei ser a de Arthur. Então vesti o casaco e desci as escadas encontrando apenas Rodrigo.
- Hey Rodrigo, sabe cadê sua noiva e as duas outras filhas da mãe que não me esperaram? – Disse rindo de leve e vendo Rodrigo fazer o mesmo.
- Já estão lá fora Luinha, me pediram pra te avisar. – Falou ele sorrindo.
- Ah, obrigada – Mandei um beijo no ar para ele, vendo-o repetir o gesto e rir junto comigo.
- Ah Luinha, sabe cadê o Arthur? Nós estávamos pensando em fazer a mudança dele pra cá agora, quer dizer, trazer o restinho de coisas dele que tem lá na outra casa pra cá né, porque ele não vai mais lá, só quando tá com mulher – Disse Rodrigo rindo e me fazendo deixar de sorrir no mesmo momento, fingi um sorriso para que ele não percebesse.
- Hm, ele foi dormir, estava cansado – Falei – Bom, to indo, tchau amor – Continuei indo em direção da porta.
- Tchau Luinha – Ouvi a voz de Rodrigo e fui ao encontro das meninas, as avistei dentro do carro de Sophia e então entrei atrás com Mel.
- Então vamos? – Disse Amandinha totalmente animada.
- Vamos noivinha apressada – Falou Melzinha nos fazendo rir. Fomos a algumas lojas e as meninas olharam modelos de vestidos, gostaram de alguns odiaram outros. Eu e Mel também experimentamos vários vestidos, já que eu seria a madrinha da Amandinha e Melzinha seria da Sop. Gostei de umvestido, um sapato e alguns acessórios que vi lá e os encomendei. Eu havia realmente me achado bonita com o vestido e queria estar bonita, principalmente porque o padrinho seria Arthur, eu não podia ficar feia ao lado do homem mais bonito que eu conheço. Fomos a outras lojas, encomendamos alguns enfeites, o bolo, alguns doces, alguns salgados, o salão e a igreja já estavam reservados. Preparamos praticamente o casamento inteiro só naquela saída. Adorava o modo de como tudo era mais prático quando estávamos todas juntas, quando uma ficava indecisa, as outras ajudavam a fazer a escolha certa. Quando nos demos conta, já eram 16h30 e estávamos morrendo de fome, então fomos comer no McDonalds, já que era fast food.
- Então Luinha, chegou a hora. – Disse Mel empolgada.
- Hora de que? – Ri da empolgação dela.
- De nos contar ué, como foi seu encontro ontem? – Disse Amanda animada tanto quanto Mel e me fazendo retirar o sorriso que tinha em meu rosto.
- Não nos poupe dos detalhes sórdidos – Disse Sop fazendo Melzinha e Amandinha rirem junto com ela.
- Hm, então... Eu não quero falar sobre isso e peço, por favor, que não comentem sobre isso ok? – Falei séria e dura. Vi a reação de surpresa e espanto em cada uma delas.
- Mas aconteceu algo, amiga? – Falou Melzinha realmente preocupada.
- Hm, eu vou ao banheiro, já volto. – Falei me levantando e indo em direção ao banheiro. Acho que elas não tocarão mais no assunto, assim espero. Entrei no banheiro, me olhei no espelho, encontrava-me em uma aparência pálida, aquele assunto me causava arrepio, então retoquei a maquiagem e voltei pra mesa como se nada tivesse acontecido. As meninas já falavam de outro assunto e não tocaram mais naquele outro que eu não queria escutar. Logo depois voltamos para casa, eu estava muito cansada então fui tomar um banho pra relaxar. Entrei no banheiro, prendi meu cabelo, não queria molhar meu cabelo e ter que preocupar em secar pra não pegar uma gripe, já que estava fazendo frio, abri o registro do chuveiro e deixei a água cair sob mim, fiquei assim por um tempo, até que senti meus olhos pesarem. Eu estava praticamente dormindo debaixo d’água. Então fechei o registro e sai, me sequei e enrolei a toalha no meu corpo, sai do banheiro e fui procurar algo para vestir, não estava me sentindo bem. Vesti um moletom da G.A.P. e uma calça grossa e fui pra debaixo das cobertas, liguei a televisão em qualquer canal, não tinha nenhum interesse nela mesmo, meus pensamentos estavam longe, alias, na pessoa que tem o quarto ao lado do meu. Eu não conseguia tirar ele dos meus pensamentos, eu não queria isso, eu não queria pensar nele, eu não queria sofrer por ele, alias, eu nem queria amá-lo, mas eu não tive escolha. Quem conhece ArthurAguiar sabe como ele é e é impossível não se apaixonar por ele, mesmo sendo uma paixão-amizade, se é que me entende. Ele é uma pessoa incrível, ele sempre está lá quando você precisa de ajuda, quando precisa de um conselho ou apenas de um abraço. Ele é alegre, ele te faz ficar alegre, ele é amigo, ele é fiel (com os amigos), ele é conselheiro, ele é idiota de um jeito bom, ele é sensível, ele é simplesmente o Arthur. O Arthur que todo mundo ama, o Arthur que eu amo. Aqueles pensamentos estavam me deixando cada vez pior, então ouvi duas batidas na minha porta.
- Pode entrar, tá aberta – Falei, pegando o controle e passando o canal na televisão sem ao menos ver.
- Oi amiga – Disse Melzinha sorridente, tentei esboçar um sorriso sincero, sem sucesso. – O que você tem? É por causa do assunto que a gente tocou mais cedo? – Disse Melzinha insegura e visivelmente preocupada.
- Não amiga, eu estou bem. – Menti.
- Ok Lua Blanco, eu te conheço amor, não é de hoje, o que aconteceu? – Disse ela sentando ao meu lado na cama.
- Ah Melzinha, você sabe, o mesmo de sempre né. – Falei desanimada.
- Arthur? – Disse ela adivinhando.
- É – Falei me virando de barriga pra baixo e cobrindo minha cabeça com um travesseiro como uma adolescente.
- Ah, amiga não fica assim, tira esse travesseiro da cabeça e sente-se para conversar comigo – Vi Melzinha tirando o travesseiro da minha cabeça, então me levantei e sentei ao seu lado, encarávamos a janela.
- Sabe, eu queria não amar tanto o Arthur quanto eu amo, minha vida seria tão mais fácil, eu o poderia ter sem ficar com raiva quando ele me conta de mulheres, eu o poderia ter apenas como o meu melhor amigo, não precisaria esconder dele nada, porque a única coisa que eu escondo dele é isso, é a única coisa que eu consigo mentir pra ele, eu aprendi a esconder esse meu sentimento de todo mundo, mas às vezes a ferida que ele me causa é tão grande que transparece. Eu não quero estragar minha amizade com ele Melzinha, você sabe muito bem disso, mas esconder tudo que eu to sentindo é covardia comigo mesma, porque dói muito mais. Quantas vezes eu já sentei aqui na minha cama chorando por causa do Arthur-amor-da-minha-vida e queria que o Arthur-meu-melhor-amigo estivesse aqui pra me abraçar? E eu não pude ter isso e vai ser isso pra sempre, porque eu sei que eu e ele nunca ficaremos juntos. E outra, ficar perto dele me faz tão bem e ao mesmo tempo tão mal... Não sei o que eu faço. – Conclui com lagrimas nos olhos.
- E porque você nunca falou isso tudo pra mim? – Ouvi uma voz que eu nunca deixaria de reconhecer em qualquer lugar do mundo vinda da porta.

Um comentário:

  1. Estou amando esta sua Web!! Por favor posta mais!! Beeijo

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