Capitulo 5

Pov.: Arthur
A semana toda passou e não consegui ver de novo a mulher do estacionamento, ia de manhã para a faculdade e quanto voltava a tarde ia para a empresa ajudar meu pai, o que só me fazia voltar à noite. A única coisa que conseguia ver era o seu carro estacionado às vezes, o que me deixava com muita raiva, porque ela morava do meu lado, mas parece que isso não estava adiantando muita coisa. Mas era sexta e eu tinha todo o fim de semana livre.
Eu, mica e chay estávamos andando pela faculdade, passamos pelo grande gramado, onde costumava ter treinos de futebol, mas quando não tinha, como agora, sempre ficavam pessoas sentadas conversando e comendo, o que parecia um piquenique. Chegando perto das arquibancadas chay vê alguma coisa e esconde-se atrás de mica, o que nós faz olhar na direção em que ele estava olhando, vendo Alana, uma mulher morena e bem magra que adorava uma fofoca.
– que isso chay, deu pra se esconder de mulher agora foi? – perguntou mica, indo para o lado fazendo com que chay fosse visto por Alana.
– valeu cara – ele falou com raiva. Eu e mica só rimos enquanto Alana acenava e ele fingia não esta vendo. Chay ficou umas duas vezes com ela, mas se arrependeu, ela não desgrudava de seu pé.
– CHAY – ela gritou, e não tendo escapatório ele foi até ela.
– agente se vê garanhão – mica disse, e chay o fuzilou com os olhos.
Eu e mica continuamos andando, até chegarmos a cantina, que tinham poucas pessoas , pegamos dois sucos e sentamos em uma mesa.
– ia e dude, como anda a vizinha misteriosa? – mica perguntou bebendo o seu suco.
– dês daquele dia no estacionamento eu não a vejo – disse um pouco desanimado.
– mas ela não mora do seu lado? por que você não faz alguma coisa?
– fazer o que?
–ah e eu é que sei, quem esta vidrado nela é você – ele disse como se aquilo fosse obvio. suspirei e dei um gole em meu suco.
A noite, já entrando no meu apartamento, tirei os sapatos e me joguei no sofá , estava um tedio, nada para fazer, anão ser pensar naquela linda moça, que estava tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe.
– droga, isso é muito gay – falei alto, mas sabendo que só eu escutaria.
Pov.: Lua
Estava deitada no meu sofá com Sophia assistindo filmes. Desses dias para cá nos aproximamos muito, ela já estava até me chamando de luinha.
– luinha? – sophi chamou, sentando-se.
– oi – disse já com sono.
– seria muito incomodo eu dormi aqui hoje?
–mas é claro que não Sophi. Sem contar que já deve esta tarde pra você ir pra casa – sentei também e peguei a ice que estávamos bebendo e dei um gole – o apartamento é grande, tem dois quartos, eu já vou pra cama, você já sabe onde fica tudo né? – perguntei levantando.
– sei sim, obrigada luinha.
– não precisa agradecer, não é incomodo algum é até legal, é muito chato ficar aqui sozinha as vezes. bom então Boa noite
– boa noite– ela sorriu e voltou a deitar.
Sophia continuou assistindo e eu fui para o meu quarto, coloquei uma roupa folgada, escovei os dentes e fui me deitar.
Mas ao vez de sonhar como qualquer pessoa normal comecei a ter algumas lembranças ...
Londres 22 de abril de 1995
Tinha acabado de ganhar da minha mãe e do meu pai uma corrente de ouro, em formato de coração, e dentro continha uma foto de nos três juntos, que foi tirada no meu aniversário.
– obrigada, é lindo – disse admirando a corrente e logo depois indo abraçar meus pais. Com certeza eles tiveram que economizar bastante para poder comprar.
– de nada meu amor – minha mãe falou – mas temos que ir, ou chegaremos atrasadas na escola.
Sempre minha mãe e meu pai me levavam para a escola apesar de ser perto de casa. Estávamos fazendo o mesmo caminho de sempre, atravessando a rua para o lado direito e caminhado sempre reto, até chegar em uma outra rua virando também para a direita, onde já dava para ver a escola. Estava de mãos dadas com meus pais, quando para dois homens a nossa frente, apontando alguma coisa para eles, mas não deu pra ver direito porque meu pai me puxou para traz dele fazendo com que ele e minha mãe ficassem na minha frente. Então ouço um barulho muito alto , seguido por outro...
Londres 2012
– NÃO – acordo gritando e sentando na cama com a respiração desregular. Ao ver onde estou começo a me acalmar. Levo minha mão até o pescoço, pegando a corrente.
– esta tudo bem? – Sophi pergunta entrando no quarto as pressas.
– esta sim Shopi desculpe, foi só um pesadelo – disse voltando a deitar, mas ainda segurando a minha corrente.
–tem certeza luinha? – apenas balancei a cabeça concordando e Sophia disse um “ tudo bem” e saiu do quarto.
Assim que ela saiu me sentei novamente e acendi a luz do meu abajur, abrindo a corrente e olhando a fato nela. deixando uma lagrima cair.
Lua faz aniversario o mesmo día que eu, 22 de abril kkkkk!!! é muito boa esta web, estou curiosa
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