Capítulo 4 – O sacrifício de se esconder em uma mentira [...] O sacrifício é nunca saber, porque eu nunca caminhei pra longe. – Linkin Park (Pushes me away)

Passaram se alguns dias eu me sentia mal, como se estivesse em outro ambiente, a não ser minha casa. Tenho medo de abrir os olhos, e ver o orfanato de novo... E perceber que tudo foi um sonho. Mas, acho que não deve ser o orfanato, estou ouvindo barulho de televisão, pessoas cochichando, uma pessoa cantando bem perto de mim, flores, pois estou sentindo cheiro delas e acho que só. Ah, e uma luz irritante nos meus olhos.
A voz dessa pessoa está me deixando completamente calma, parece até a voz do... .
- Thur? – disse eu torcendo para que fosse ele.
- Pequena, que bom que você acordou. Está melhor? – disse ele com aquele sorriso que me deixa derretida.
- Sim, estou. Só que com um pouco de sono – disse eu me espreguiçando. – O que houve de verdade? – disse eu me sentando na cama, quando eu sentei percebi que estava em um hospital e me lembrei de tudo. – Deixa pra lá já me lembrei.
- É... – disse ele meio cabisbaixo.
- Aguiar! – Disse eu o chamando.
- O que? – Disse ele.
- Que música você estava cantando? Quantos dias eu estou aqui? E sabe, se o Mica veio aqui? – Disse eu com certa esperança na voz, me restava um pouco sim, ninguém perde as esperanças totalmente.
- Bom, respondo uma pergunta de cada vez – disse ele calmamente e eu concordei com a cabeça. – A música que eu estava cantando eu que compus. Você está aqui há quatro dias. E oMica não veio aqui. – Disse ele sorrindo fraco.
- Ah ta, e você está aqui desde quando? E canta essa música pra mim? – Disse eu com um pouco de animação.
- Estou aqui desde que você veio para este hospital. Olha eu canto, mas promete que não me zoa? – Disse ele e eu concordei com a cabeça e sorri.
Arthur pegou seu violão que estava num sofá junto com um lençol e travesseiro, então supus que ele dormiu aqui. Ele começou a afinar o violão, sentou e começou a tocar (n/a: ouça walk in the Sun)
- “I wonder what it's like to be loved by you I wonder what is like to be home And I don't walk when there're stones in my shoe All I know that in time I'll be fine I wonder what it's like to fly so high Or to breathe under the sea I wonder if someday I'll be good with goodbyes But I'll be ok if you come along with me It's such a long long way to go
Where I'm going, I don't know Yeah, I'm just following the road Through a walk in the sun Through a walk in the sun” – Ele cantava e eu sorria com cada verso que ele cantava.
- “I wonder how they put a man on the moon I wonder what is like up there I wonder if you'll ever sing this tune All I know is the answer is in the air […]Sitting and watching the world going by Is it true when we die, we go up to the sky oooh
so many things that I don't understand Put my feet in the sand when I'm walking in the sun oooooh Walking in the sun It's such a long long way to go Where I'm going, I don't know I'm just following the road Through a walk in the sun Through a walk in the sunyeah... ohhhhh(3x)”
Pronto Luinha, é só isso. – Disse ele, eu sorri e acabei deixando rolar uma lágrima dos meus olhos.
- Luinha, o que houve? – Disse ele olhando preocupado para mim.
- Nada Thur. – disse eu mordendo meus lábios, fazendo assim controlar minhas lágrimas. Aguiar chegou perto de mim e beijou minha testa.
- Sempre e sempre, estarei ao seu lado Luinha. Não chore. – disse ele e me deu um selinho.
- Thur eu... – disse eu meio surpresa com o que ele havia feito.
- Desculpa, mas eu precisava fazer isto. E eu sei que você ama o Mica e bláblábláblá... Contudo eu que estou aqui agora, e não o Mica. – disse ele olhando para os meus olhos e me beijou. Eu correspondi ao beijo. Não sei o que me deu na hora, mas minha mente e meu coração disseram: BEIJA ELE GAROTA. Bom elas não disseram, mas meus sentimentos confusos mandaram em mim.
- Thur... Eu estou meio totalmente confusa. – Disse eu.
- Percebi, olha pequena. Eu te amo. Tenho que ir ok?! Não quero você ficando confusa e muito menos, pelos meus sentimentos. – disse ele, pegou seu violão e quando ia abrir a porta eu o chamei.
- Thur! Fica aqui, por favor. – Disse eu implorando, como se a presença dele me fizesse viver. Como se eu dependesse dele. Ele era uma droga naquele momento. O meu vício.
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