domingo, 12 de fevereiro de 2012

Meu Lugar é ao Lado Teu

Capítulo 4 – O sacrifício de se esconder em uma mentira [...] O sacrifício é nunca saber, porque eu nunca caminhei pra longe. – Linkin Park (Pushes me away)



Passaram se alguns dias eu me sentia mal, como se estivesse em outro ambiente, a não ser minha casa. Tenho medo de abrir os olhos, e ver o orfanato de novo... E perceber que tudo foi um sonho. Mas, acho que não deve ser o orfanato, estou ouvindo barulho de televisão, pessoas cochichando, uma pessoa cantando bem perto de mim, flores, pois estou sentindo cheiro delas e acho que só. Ah, e uma luz irritante nos meus olhos. 

A voz dessa pessoa está me deixando completamente calma, parece até a voz do...
 . 

-
 Thur? – disse eu torcendo para que fosse ele. 

- Pequena, que bom que você acordou. Está melhor? – disse ele com aquele sorriso que me deixa derretida.
 

- Sim, estou. Só que com um pouco de sono – disse eu me espreguiçando. – O que houve de verdade? – disse eu me sentando na cama, quando eu sentei percebi que estava em um hospital e me lembrei de tudo. – Deixa pra lá já me lembrei.
 

- É... – disse ele meio cabisbaixo.
 

-
 Aguiar! – Disse eu o chamando.

- O que? – Disse ele.

- Que música você estava cantando? Quantos dias eu estou aqui? E sabe, se o
 Mica veio aqui? – Disse eu com certa esperança na voz, me restava um pouco sim, ninguém perde as esperanças totalmente. 

- Bom, respondo uma pergunta de cada vez – disse ele calmamente e eu concordei com a cabeça. – A música que eu estava cantando eu que compus. Você está aqui há quatro dias. E oMica não veio aqui. – Disse ele sorrindo fraco.

- Ah ta, e você está aqui desde quando? E canta essa música pra mim? – Disse eu com um pouco de animação.
 

- Estou aqui desde que você veio para este hospital. Olha eu canto, mas promete que não me zoa? – Disse ele e eu concordei com a cabeça e sorri.
 

Arthur pegou seu violão que estava num sofá junto com um lençol e travesseiro, então supus que ele dormiu aqui. Ele começou a afinar o violão, sentou e começou a tocar (n/a: ouça walk in the Sun)
 

- “I wonder what it's like to be loved by you I wonder what is like to be home And I don't walk when there're stones in my shoe All I know that in time I'll be fine I wonder what it's like to fly so high Or to breathe under the sea I wonder if someday I'll be good with goodbyes But I'll be ok if you come along with me It's such a long long way to go
Where I'm going, I don't know Yeah, I'm just following the road Through a walk in the sun Through a walk in the sun” – Ele cantava e eu sorria com cada verso que ele cantava.
 

- “I wonder how they put a man on the moon I wonder what is like up there I wonder if you'll ever sing this tune All I know is the answer is in the air […]Sitting and watching the world going by Is it true when we die, we go up to the sky oooh
so many things that I don't understand Put my feet in the sand when I'm walking in the sun oooooh Walking in the sun It's such a long long way to go Where I'm going, I don't know I'm just following the road Through a walk in the sun Through a walk in the sunyeah... ohhhhh(3x)”
 
Pronto
 Luinha, é só isso. – Disse ele, eu sorri e acabei deixando rolar uma lágrima dos meus olhos.

-
 Luinha, o que houve? – Disse ele olhando preocupado para mim. 

- Nada
 Thur. – disse eu mordendo meus lábios, fazendo assim controlar minhas lágrimas. Aguiar chegou perto de mim e beijou minha testa. 

- Sempre e sempre, estarei ao seu lado
 Luinha. Não chore. – disse ele e me deu um selinho. 

-
 Thur eu... – disse eu meio surpresa com o que ele havia feito. 

- Desculpa, mas eu precisava fazer isto. E eu sei que você ama o
 Mica e bláblábláblá... Contudo eu que estou aqui agora, e não o Mica. – disse ele olhando para os meus olhos e me beijou. Eu correspondi ao beijo. Não sei o que me deu na hora, mas minha mente e meu coração disseram: BEIJA ELE GAROTA. Bom elas não disseram, mas meus sentimentos confusos mandaram em mim. 

-
 Thur... Eu estou meio totalmente confusa. – Disse eu. 

- Percebi, olha pequena. Eu te amo. Tenho que ir ok?! Não quero você ficando confusa e muito menos, pelos meus sentimentos. – disse ele, pegou seu violão e quando ia abrir a porta eu o chamei.
 

-
 Thur! Fica aqui, por favor. – Disse eu implorando, como se a presença dele me fizesse viver. Como se eu dependesse dele. Ele era uma droga naquele momento. O meu vício. 

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