sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O voto do primeiro beijo

Capítulo 1
Como um rockstar: monte o seu clipe para o sucesso dos Rebeldes


Sábado final de tarde, eu estava no shopping com minha amiga, fomos ver um filme na estréia.
 
- Cadê os ingressos,
 Sop? - Perguntei pra minha amiga, já que era estréia pedi pra ela comprar os ingressos na internet.
- Oi? - Respondeu ela com cara de preocupada e eu conheço bem essa cara.
- Não acredito.
- Desculpa, você sabe que eu sou uma cabeça de vento.
- Só você mesmo pra esquecer de comprar os ingressos!
 
- Eu sei, eu sei...
- E agora? Aposto que os ingressos acabaram com essa multidão.
 
- Eu vou lá ver! - Disse ela correndo até a bilheteria.
 
Sentei-me em um banco ali perto, e olhei pras pessoas que entravam na sala do filme... Que raiva!
- Amiga! -
 Sophia gritou enquanto corria ofegante na minha direção.
- Tem? - Uma chaminha de esperança acendeu no meu cora...
- Não! - Sabe a chaminha? Já apagou.
 
- E por que o escândalo então?
- Tem pra sessão de onze e meia.
 
- O shopping fecha as dez, não é possível - Fiquei meio confusa.
- Deixa eu terminar?
- Fala.
- Onze e meia de amanhã de manhã.
- Esquece então - Disse levantando e indo pra escada rolante - E quero meu dinheiro de volta.

Nós estávamos descendo pra área de alimentação quando a
 Sop viu uns dois meninos sentados em uma mesa por perto (ela não faz o voto).
- Amiga! Eu sei da sua condição e tal com garotos, mas...
- Não.
- Por favor - Ela fez uma cara de cachorrinho abandonado na chuva.
- Não.
- Você é do mal!
 
- Claro que não - Ela estava apelando.
 
- Eu prometo que não arranjo ninguém pra você, só me acompanha.
 
- Ai... - Odeio isso - Tá, mas rapidinho.
 

Sentamos-nos numa mesa próxima a deles e
 Sophia ficou trocando olhares com um menino baixinho que estava na ponta da mesa, e sim, tinha um menino me olhando,olhando não, me secando!
- Por que vocês não sentam com a gente? - Perguntou o menino que encarava
 Sophia
- Ah... Não sei - a
 Sophia disse fazendo doce.
- Ah vem, vocês estão aí sozinhas.
- Tá bom então.
Ela disse se levantando e sentando ao lado do menino e me obrigando a sentar ao lado o secador-ambulante.
- Meu nome é
 Chay - Disse apontando pra si mesmo - E ele é o Arthur - Disse apontando pro menino ao meu lado.
-
 Sophia - Ela respondeu sorrindo.
- E você? - Perguntou o tal
 Arthur.
-
 Lua. - Respondi seca. 
Sophia e
 Chay já estavam em altos papos reservados e eu me roendo de pânico, porque pra falar a verdade, o Arthur era muito bonito, muito mesmo e esse voto era muito importante pra mim, eu tinha medo de quebrar ele.
- Então... - Ele estava puxando assunto - você tem namorado?
Droga! Era isso que eu temia.
 
- Não – Respondi.
- Hm... Eu também não.
- Legal - Disse meio indiferente.
- Tá ficando com alguém?
- Não.
- É que você...
 
- O que?
- Tá meio distante.
- Ah.
Eu cruzei meus braços e balancei minha perna no sinal da minha impaciência.
 
- Então... - Ele ia tentar de novo - Me surpreende você não ter namorado.
- É - Não perguntei "por que", já conheço a conversa.
- Você é muito linda pra ficar sozinha - Ele disse mesmo assim se ajeitando na cadeira e sorrindo pra mim.
 
Com certeza isso causou uma reação em mim, uma super reação, eu estava vermelha e por mais que eu não quisesse, eu precisava sair dali antes que acontecesse uma tragédia.
- Obrigada - Disse desviando o olhar dele.
- Você não vai me dar uma chance? - Ai droga! Droga!
- Desculpa, mas eu não posso - Nem acredito que eu consegui falar isso.
- Por quê? Você não tem namorado né?
- É. Mas eu...
- Não tá interessada.
- Não, me deixa falar!
- Tá fala!
- Eu não posso, é muito complicado - Eu evito ficar falando do voto, porque as pessoas não costumam entender.
- Você tem alguma doença?
- Vira essa boca pra lá menino!
 
- Tá legal, então... - Ele disse meio triste vendo
 Sophia e Chay dando uns amassos em um canto.
- Desculpa mesmo.
- Pelo menos eu posso ficar com seu telefone.
- Tudo bem - Eu sei que ele não vai ligar mesmo, depois disso...
Ele me passou o celular dele e eu salvei meu número.
- Valeu.

Sophia voltou ajeitando a roupa e com um sorrisão.
- Vamos agora? - Perguntei levantando da cadeira.
- Vamos! - Ela disse dando um selinho no menino e indo pro meu lado.
- Tchau
 Lua - Arthur se levantou pra me beijar pra despedir, mas meio que em um sinal de pânico eu estendi minha mão pra manter distância.
Ele apertou minha mão e eu e a
 Sop fomos embora

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